Rota Bioceânica deve transformar Alto Paraguai em fronteira agrícola 

Obra tem potencial de movimentar R$ 1,5 bilhão em Mato Grosso do Sul

27/07/2023 às 16:20 atualizado por Thiago Gonçalves - SBA | Siga-nos no Google News
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A Rota Bioceânica promete alavancar ainda mais o agronegócio na região do Chaco Paraguaio que sozinha possui aproximadamente 50% de todo o rebanho bovino paraguaio, cerca de 1,8 milhão de cabeças. Apesar do potencial de desenvolvimento da região, o problema é a falta infraestrutura necessária para o escoamento da produção agrícola, que conta com uma rota asfaltada que vai do distrito de Carmelo Peralta (PY) até Porto Murtinho (MS).

O Brasil é um dos maiores compradores da carne paraguaia. “Estrategicamente para nós será muito interessante a Rota Bioceânica, pois poderemos exportar a nossa carne direto do Alto Paraguai para Chile e Brasil que são um dos maiores compradores da nossa carne. Seria interessante também a instalação de frigoríficos também, dois poderiam abater de 600 a 700 bois por dia”, explicou Niversindo Cordeiro, vice-presidente da Associação Rural do Paraguai Regional Alto Chaco.

A Rota Bioceânica é impulsionada por investimentos privados e públicos e tem potencial para movimentar R$ 1,5 bilhão em Mato Grosso do Sul. A Ponte Bioceânica terá um comprimento de 680 metros, duas pistas de rolagem de veículos de passeio e caminhões, com 12,5 metros de largura, e duas passagens nas laterais, com 2,5 metros cada uma, para o trânsito de pedestres e ciclistas. Com previsão para de conclusão para 2024, a obra será feita pelo consórcio Paraguai-Brasil, composto por empresas brasileiras e paraguaias num valor contratado de 616.386.755,744 guaranis, o que equivale a quase meio bilhão de reais, a serem pagos pela Itaipu Binacional.  

O governo de Mato Grosso do Sul aposta atualmente em dois eixos logísticos para atrair investidores, ampliar as exportações e fomentar o desenvolvimento estadual: a consolidação da Rota Bioceânica, com início da obra da ponte entre Porto Murtinho e Carmelo Peralta sobre o Rio Paraguai, e as ferrovias, com a reativação da Malha Oeste, que está sucateada há mais de duas décadas, e a licitação da Nova Ferroeste. Com essas medidas, a expectativa é de que o estado vire um grande hub de logística na América do Sul, reduzindo custos e dando mais competitividade.

Com informações Associação Rural do Paraguai Regional Alto Chaco
Foto: Toninho Ruiz
 


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